Descrição
Pesquisas recentes apontam que o Brasil é o segundo país no mundo com mais academias por habitante e que o número de pessoas que procura academias para praticar atividade física vem aumentando de forma expressiva, nos últimos anos. A razão dessa busca não é mais apenas a estética: boa parte dessas pessoas procuram esses ambientes por causa da saúde e por prescrição médica.
Cada vez mais a medicina tem reconhecido a importância dos exercícios físicos para a vida. É uma questão de sobrevivência! O hábito de ir à academia para exercitar-se e até mesmo o costume de praticar exercícios físicos ao ar livre é uma boa metáfora para a vida cristã, pois precisamos nos exercitar espiritualmente para termos vida, saúde e desenvolvimento espirituais. Para isso, temos os exercícios espirituais. Veja o que a Bíblia diz sobre isso:
Para progredir na vida cristã, faça sempre exercícios espirituais. Pois os exercícios físicos têm alguma utilidade, mas o exercício espiritual tem valor para tudo porque o seu resultado é a vida, tanto agora como no futuro. (1 Tm 4:7b-8 – NTLH).
Exercícios espirituais são disciplinas ou práticas devocionais “que se traduzem em ações habituais e reverentes de dedicação e consagração ao Senhor”. Estamos nos referindo a práticas como a oração, o jejum, a leitura bíblica, a confissão, a solitude e muitas outras atividades essenciais para a sobrevivência e a plenitude espiritual. São comportamentos que, inseridos em nossa vida, nos auxiliam a estar em sintonia com Jesus e nos ajudam a desenvolver a consciência da nova vida que o Espírito Santo está gerando em nós. De forma prática, trata-se de separar tempo, lugar e coração para estar com o Senhor, e isso pode ser feito de diversas formas, cada qual com sua ênfase e método aplicado.
Esses hábitos de devoção tão fundamentais para o crescimento espiritual têm sido praticados pelo povo de Deus, desde os tempos bíblicos, pois são formas de nos aproximarmos de Deus e meios de Cristo manifestar sua graça em nós. Nas palavras de Whitney, as disciplinas espirituais são “como canais da graça transformadora de Deus”.
Foster, em seu clássico livro “Celebração da disciplina”, diz que os exercícios devocionais ou as disciplinas espirituais nos convidam “a passar do viver da superfície para o viver nas profundezas”. Esse autor defende que exercícios devocionais devem ser vistos como um caminho para a liberdade e a cura na vida espiritual; por isso, chama-os de “portas do livramento”. Livramento do quê? Da superficialidade, do secularismo, da satisfação momentânea, da carnalidade, da ausência de sintonia com Cristo, da sonolência espiritual e da falta de comunhão com Deus.
Pelas razões apresentadas, o DEC – Departamento de Educação Cristã – tem a alegria de colocar nas mãos de estudantes e professores da Escola Bíblica esta série de Lições Bíblicas, intitulada Academia espiritual: exercícios devocionais para sobreviver e se fortalecer na vida cristã.
É preciso deixar claro que nossa intenção não é apresentar uma lista exaustiva desses exercícios, até porque, se olharmos os autores que escreveram sobre o tema, como Richard Foster, Donald Whitney, Dallas Willard, Israel Belo de Azevedo, Elben Lenz César e outros, veremos que há listas variadas e formas diferentes de classificá-los. Sendo assim, nos quatorze estudos deste trimestre, vamos examinar apenas algumas disciplinas espirituais, justamente aquelas que julgamos estar entre as mais importantes.
Todos nós reconhecemos a importância dos exercícios espirituais. O desafio é colocá-los em prática, fazendo tornar-se um hábito. É preciso uma mudança de hábitos. Isso é difícil; porém, possível. Como diz Azevedo: “Pense no pior dos seus hábitos: ele pode ser corrigido”.
Por outro lado, novos hábitos também podem ser adquiridos, e isso é feito com compromisso e insistência. Há quem acredite que, para mudar um hábito, é necessário, pelo menos, 21 dias consecutivos naquela prática. Seja como for, este trimestre de estudos coincide com o projeto dos “100 dias Oração”, em que poderemos colocar em ação tudo o que aprenderemos sobre os exercícios espirituais. É uma ótima oportunidade para abandonar hábitos ruins e adquirir novos bons hábitos.
Lembramos que os “100 dias de Oração” são um período de clamor por avivamento, e, como afirma César: “Avivamento sem práticas devocionais não existe”.
Ao dono da “academia” onde podemos exercitar o coração e a mente, sejam dadas toda honra e toda glória. Amém!
Pr. Alan Pereira Rocha
Diretor do Departamento de Educação Cristã
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